128 países desafiaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e votaram nesta quinta-feira (21) a favor de uma resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas que pede que os EUA voltem atrás de sua decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e que desistam da ideia de mudar a embaixada americana no país para a cidade.
A Assembleia Geral da ONU, realizada hoje foi uma rara sessão especial de emergência – a pedido de países árabes e muçulmanos – para votar o esboço de resolução, que foi vetado apenas pelos EUA na segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU, de 15 membros.
Ontem, Trump ameaçou cortar a ajuda financeira aos países que votassem a favor da resolução, e seu alerta parece ter tido algum impacto sobre nove países que votaram contra e 35 que se abstiveram. No total, 128 países votaram a favor da resolução.
No fim, só Guatemala, Honduras, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Togo, todos eles nações pequenas, votaram ao lado de EUA e Israel. As pressões americanas, no entanto, se traduziram em um número maior de abstenções do que o habitual nesse tipo de resolução.
Argentina, Austrália, Canadá, Colômbia, Hungria, México, Panamá, Paraguai e Polônia foram alguns dos países que se abstiveram.