O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, revelou plano de Tel Aviv de atacar infraestruturas nucleares do Irã se estiverem sendo usadas para desenvolver armas nucleares.
Adicionalmente, Gantz sublinhou que Israel está pronto para agir mesmo sem a aprovação de aliados ou quaisquer outros Estados.
Teerã, por sua vez, afirmou que terá em sua mira duas grandes cidades israelenses se Tel Aviv atacar a República Islâmica, segundo o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami.
“Às vezes, [Israel] faz grandes acusações contra a República Islâmica do Irã por desespero para, alegadamente, ameaçá-la, mesmo [Tel Aviv] sabendo […] que se fizer algo de errado, arrasaremos Tel Aviv e Haifa até o chão”, ressaltou o ministro iraniano em discurso citado pelo The Times of Israel.
De igual modo, Hatami sublinhou que, hoje em dia, o Irã é capaz de proteger sua “estabilidade”, bem como detém poder brando suficiente para garantir a segurança de sua nação.
Israel tem repetidamente acusado o Irã de delinear planos de construção de armas nucleares, mesmo a nação persa tendo se comprometido em limitar seu programa nuclear sob o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) em 2015, tendo o último sido posto em causa em 2018, quando Trump retirou unilateralmente os EUA do tratado.
Por sua vez, o Irã sempre rejeitou tamanhas acusações, insistindo que a natureza de seu programa nuclear é pacífica. Por outro lado, a utilização de armas nucleares seria, de acordo com as autoridades sêniores iranianas, contra a religião oficial do Irã – o islã.
Além disso, a República Islâmica também chama a atenção à dicotomia hipócrita que a comunidade internacional impõe ao Irã em comparação com Israel no campo nuclear. O Estado judeu, contrariamente ao Irã, nunca se juntou ao Tratado de Não Proliferação Nuclear, e tem resistido em confirmar ou negar suspeitas de possuir um arsenal.