Escrita na lua
Onde segredos não se revelam e onde as vozes voam sem eco
Publicado
em
A lua guardiã dos segredos, toda prateada, silenciosa, inspira os amantes, os poetas, dita as palavras escondidas nunca ditas.
Lua que toca a alma que chora em silêncio, que afaga as cicatrizes deixadas pelos amores proibidos.
Que canta a melodia nostálgica sem medo de ser ouvida, Que fala em silêncio, tocando profundamente até às lágrimas.
Sob sua luz prateada, dourada, pensamentos bailam como sombras errantes na noite escura, deslizam facilmente em ecos suaves onde apenas ela entende a linguagem esquecida pelos homens, porém conhecida por aqueles que amaram na quietude da escuridão.
Sob sua luz obscura e sábia onde sonhos são desfeitos, onde amores proibidos, perdidos, nunca mais voltam, onde desejos desvanecem no ar.
Só a lua com infinita calma é um refúgio onde segredos nunca imaginados jamais serão revelados, onde vozes voam sem eco, onde medos e saudades encontram abrigo.
Nos cantos da alma na parte mais íntima do ser, onde o silêncio fala por si só, onde você permanece, ninguém mais ousa entrar.
A lua sabe das vezes que permaneceu em silêncio, quando as palavras foram ineficientes, em sua fragilidade onde apenas o brilho da lua ousou tocar.
As carícias guardadas, o perdido é encontrado, as palavras viram poesias, os sonhos ganham vida, os beijos nunca dados, as promessas quebradas são pela lua testemunhada.
Cada cicatriz, cada lágrima vertida, cada suspiro de seu coração desapareceu na brisa de alguma manhã esquecida.
No brilho da lua, na quietude de alguma noite sem fim, um eco suave de poesia de amor à lua canta.
Ela não é apenas luz prateada, é sombra também, onde o amor esconde as dores experimentada pela alma, do infinito observa os poetas escrevendo história de amor, com dor, paixão, tristeza e nostalgia.
Os segredos ocultos, desejos incontroláveis, beleza de deusas, histórias nunca lidas, dores escondidas, onde apenas sua alma e a lua entendem.
Nas noites sem luar, o vento sussurra segredos e medos, A chuva com pingos miúdos molha o jardim dos sonhos deixando escorregadios e perigosos. Fantasmas assombram os sonhos as estrelas correm apressadas, o céu chora e os anjos não cantam.
O silêncio é maior que o oceano e as ondas param, a natureza se fecha, a tristeza aconchega em sua alma.
Mas se a lua majestosa resplandece, o céu se alegra os anjos cantam e tocam harpa, a vida vira festa.
