Marcelo Levites
Esta é a conclusão de um estudo da University College London (Reino Unido), publicado na última semana pela revista científica Lancet. Trata-se de uma boa notícia, já que, segundo os pesquisadores, se ao longo da vida a pessoa cuidar da saúde do cérebro, estudando, reduzindo doenças crônicas, não fumando e adotando uma vida social ativa as chances de evitar a demência são grandes.
O estudo, liderado pelo professor Gill Livingston (UCL Psychiatry) apontou dois vilões principais para a demência: a perda auditiva e o isolamento social. Preservar a audição na metade da vida pode ajudar as pessoas a experimentar um ambiente cognitivamente rico e criar uma reserva cognitiva, o que pode ser perdido se a audição estiver prejudicada.
Estimativas internacionais apontam que cerca de 47 milhões de pessoas vivem com demência no mundo e que, o número de pessoas afetadas, será praticamente triplicado para 131 milhões até 2050. Preocupante certo?
O trabalho aponta fatores de saúde, em vários estágios da vida e que podem ajudar a evitar a doença:
- Permanecer na escola (até os 15 anos);
- Reduzir a pressão arterial, a obesidade e a perda auditiva na metade da vida (dos 45 aos 65 anos);
- Evitar o tabagismo, a depressão, a inatividade física, o isolamento social e o diabetes na vida adulta (acima de 65 anos).
No entanto, saber que manter uma vida social ativa, combater a depressão e não fumar podem contribuir para a saúde do cérebro é algo que merece atenção.
Seguindo dicas simples de alimentação saudável, exercício físico regular e uma vida social rica e prazerosa ajudam a prevenir a demência.