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Aves migratórias ganham sobrevida com proibição de sua caça e comércio ilegal

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Edgard Júnior

A ONU quer o fim da morte, captura e comércio ilegal das aves migratórias para que as futuras gerações possam se beneficiar e os governos aprovem leis que garantam a sustentabilidade e a proteção dessas espécies.

O pedido foi feito para marcar o Dia Mundial das Aves Migratórias, comemorado esta terça-feira, 10 de maio. O objetivo é proibir ou restringir a exploração desses pássaros. Segundo as Nações Unidas, a proteção das aves migratórias tem sido coordenada a nível internacional desde o início do século 20.

Alimentação ou Esporte – O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, afirmou que “historicamente, as pessoas caçam por várias razões, entre elas para alimentação ou por esporte”.

Segundo a agência da ONU, “no passado, essas atividades eram conduzidas em uma escala sustentável, mas esse não é mais o caso agora”.

O Pnuma cita que no litoral norte da África, redes montadas na costa matam milhões de pássaros todos os anos e isto é apenas um exemplo entre muitos.

O Pintarroxo-comum, espécie muito comum na Europa, principalmente em Portugal, no norte da África e no oeste da Ásia, perdeu metade de sua população desde os anos 80. No caso dos chamados pássaros do campo, foram registradas 300 milhões de mortes dessas aves durante o mesmo período.

Atitudes – A agência da ONU alerta que “as atitudes devem mudar e o mundo não pode mais fechar os olhos para aqueles que desrespeitam as leis e colocam em risco o patrimônio cultural compartilhado”.

O Pnuma afirmou que “a cooperação e a sensibilização devem ser fortalecidas para combater a morte ilegal das aves migratórias”.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente são necessárias mais ações que envolvam governos e organizações internacionais, como também a sociedade civil.

A agência disse que as decisões adotadas pela comunidade internacional ou pelos governos não vão surtir efeito se não forem respeitadas ou implementadas nos países ou regiões mais afetadas pelo problema.

Segundo a ONU, “é neste ponto que a sociedade civil tem um papel a desempenhar, atuando a nível local”.

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