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Brasília, atolada na lama, fica ameaçada de viver sem água com a greve na Caesb

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Marta Nobre

Os servidores da Companhia de Água e Saneamento de Brasília decretaram greve geral nesta segunda-feira, 16, por tempo indeterminado. É uma resposta, afirma o Sindágua (sindicato que representa a categoria), ao descaso do governo com os trabalhadores. E a cidade, envolta em crises constantes desde a posse de Rodrigo Rollemberg, pode ficar sem água em plena estiagem.

Para a direção do Sindágua, “é importante lembrar que a greve aprovada tem por motivação o descaso da Empresa com toda a categoria, estando, dessa forma, respaldada pela lei. As trabalhadoras e os trabalhadores de todos os setores devem aderir à luta que é de todas e de todos, da mesma forma seu resultado. Portanto, de forma alguma os chefes devem ameaçar ou tentar impedir os trabalhadores de participar do movimento”.

Ainda segundo nota divulgada pelo sindicato, “com exceção do percentual mínimo de funcionamento determinado por lei e regulado pelo comando de greve, toda a categoria deve, sem receio, participar da greve”. Os servidores exigem reajuste salarial de 19% e redução da jornada de trabalho de 8 para seis horas, sem redução do salário.

Em nota à Imprensa, a Caesb acusa os grevistas “de impedirem, de forma radical, a entrada de quem deseja ingressar nas dependências da Empresa, inclusive unidades operacionais. Essa postura é ilegal e afronta sentença proferida em ação de interdito proibitório que impede o sindicato de causar tumultos nas dependências da Caesb, bem como constranger empregados no seu direito de aderir, ou não, ao movimento grevista”.

Ainda de acordo com a direção da empresa, a atual situação econômico-financeira do país e da Caesb “exige cautela no aumento das despesas, em especial a despesa com pessoal. Mesmo assim, a Empresa propôs reajuste de 2,5% para todos os empregados”. Esse índice, porém, foi recusado pela categoria.

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