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Maduro pede ao povo ‘resistência histórica’ contra eventual invasão estrangeira

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quarta-feira a formação de uma “resistência histórica” para defender a liberdade do país caso ele seja invadido por forças estrangeiras, uma declaração dada após o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ter invocado a Carta Democrática para a Venezuela.

“Se o imperialismo americano, através do secretário-geral da OEA, conseguir intervir na Venezuela, deveríamos iniciar uma resistência histórica, que nos levaria a uma batalha até a vitória final de nosso povo”, disse Maduro em um comício realizado no Palácio de Miraflores, sede do Executivo da Venezuela.

Diante de centenas de estudantes que concluíram uma manifestação em frente ao palácio presidencial, Maduro afirmou que os jovens têm que “saber claramente” que estão “defendendo a liberdade de um país contra as forças imperialistas”.

“A pátria não se vende, a pátria se defende. E se defende para que siga sendo livre, soberana, democrática, e para construir a felicidade social”, completou o líder venezuelano.

Maduro afirmou que, graças à revolução bolivariana que ele herdou do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013), o país “está em pleno uso irrenunciável de sua soberania, de sua liberdade”. “Não estamos dominados por nenhum império pela OEA, nem pelo lixo do secretário-geral Luis Almagro”.

“Almagro, go home! Almagro, vá para casa!”, disse o líder, em meio ao discurso que ocorreu um dia depois de o secretário-geral da OEA ter anunciado a invocação da Carta Democrática para o país.

A medida foi considerada como uma “ameaça” por Maduro, que acusou o diplomata uruguaio de “usurpar suas funções” ao pretender se transformar em “um poder supranacional acima da carta da OEA” e da “sagrada Constituição da Venezuela”.

O presidente do país reiterou a convocação de uma manifestação no próximo sábado nas principais capitais do país para protestar contra o “fantoche do imperialismo Luis Almagro e contra a intervenção da direita mundial”.

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