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Brasilienses conscientes acatam recomendação da Anac e evitam filas no JK

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Michèlle Canes

Um dia depois da implantação de novos procedimentos de inspeção de bagagens e de passageiros em todos os aeroportos do país, quem passou na terça, 19, pelo Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek encontrou menos movimento. Segundo a Inframerica, empresa que administra o terminal, o movimento na área de acesso ao raio X estava dentro da normalidade. Ontem (18) muita gente teve de enfrentar fila para embarcar.

Para evitar problemas, os passageiros decidiram seguir a recomendação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e chegaram mais cedo ao aeroporto. Foi o caso da microempreendedora Aurenyr Corrêa. Passando férias em Brasília, ela voltava nesta terça-feira para o Espírito Santo e decidiu chegar ao terminal três horas antes do voo. “Por causa de ontem. Vi no jornal e hoje vim mais cedo”, dissse Aurenyr.

O bombeiro Luciano Sousa, que estava saindo de Brasília para passar férias em Manaus com a esposa e os três filhos, disse que seguiu a orientação da Anac. “Ficamos sabendo que deveríamos chegar com duas horas de antecedência e estamos aqui com três horas de antecedência, devido ao grande número de malas.” Para agilizar o processo de inspeção, Luciano deixou separados os objetos que precisam ser retirados da bagagem de mão.

A servidora pública Larissa Born chegou a Brasília vindo de Curitiba, onde estava a trabalho, foi para o aerporto local com antecedência para não ter de enfrentar imprevistos. “Cheguei mais cedo, sim, seguindo a orientação [da Anac], mas foi tranquilo o embarque. Demorou algo como 10, 15 minutos a mais.” Segundo a servidora, a fila estava maior que o habitual para embarcar em Curitiba, e chegar mais cedo ajudou a evitar contratempos. Para Larissa, as novas medidas de inspeção são importantes, e agora passageiros e aeroportos precisam se adaptar.

“Com esta questão toda de segurança que estamos enfrentando, eu acho válido. Agora, tem que dar estrutura para que não se formem filas e não se prejudique os passageiros. Todos nós temos que nos adaptar, mas também os aeroportos precisam se adaptar à nova demanda”, afirmou Larissa.

Para sair ontem sem problemas do Rio de Janeiro, a advogada Mariana Soares, que teria um compromisso de trabalho em Brasília, decidiu chegar mais cedo ao aerporto. “Fui pegar o voo das 17h50 no [Aeroporto] Santos Dumont. Normalmente, eu sairia do meu escritório às 17h, porque é bem próximo, mas [ontem] saí às 15h30”. Hoje, ao deixar Brasília, tomou a mesma precaução e chegou ao terminal com tempo de sobra.

A advogada disse que as medidas de segurança são necessárias, mas ressaltou que é preciso que os passageiros sejam mais bem orientados e que haja mais pessoal trabalhando nos terminais. “Os aeroportos poderiam informar mais os passageiros dessas mudanças e colocar mais pessoal para que o tempo de espera não seja tão longo, Afinal de contas, uma viagem nacional é para ser ágil”, afirmou.

Ontem, além de recomendar que os passageiros cheguem com duas horas de antecedência aos aerportos para o embarque em voos domésticos, a Anac disponibilizou em seu site um serviço do tipo “saiba mais” com perguntas e respostas para orientar e tirar dúvidas dos passageiros sobre as novas regras de inspeção.

Agência Brasil

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