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Morre aos 102 anos, no Rio, Evaristo de Moraes, decano dos advogados trabalhistas

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Bartô Granja, Edição

Morreu no Rio de Janeiro na noite desta sexta, 22, o acadêmico, jurista e professor Evaristo de Moraes Filho. Ele tinha 102 anos e era considerado um dos grandes advogados do país.

Evaristo morreu em casa, em Copacabana, zona sul da cidade, de infarto agudo do miocárdio. O corpo será velado e sepultado no Mausoléu dos Imortais, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde será enterrado. Evaristo tinha dois filhos, seis netos e dois bisnetos.

Procurador do Trabalho, Moraes Filho era irmão do também jurista Antônio Evaristo de Moraes Filho, advogado criminalista que morreu em 1997. Ambos são filhos do jurista Antônio Evaristo de Moraes (1871-1939).

Nascido no Rio em 5 de julho de 1914 e formado em Direito pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1937, Moraes Filho se dedicou ao direito trabalhista. Procurador do Trabalho, teve sua primeira lotação em Salvador e foi um dos responsáveis por instituir esse ramo do Ministério Público no Brasil.

Tornou-se professor da UFRJ e foi um dos fundadores do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS). Teve o cargo no magistério cassado pela ditadura após o Ato Institucional número 5 e chegou a ser detido em 1969.

Em 1984 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na sucessão de Alceu Amoroso Lima. Casado, o acadêmico teve dois filhos, netos e bisnetos.

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