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Justiça turca começa a libertar centenas de recrutas envolvidos em golpe frustrado

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Tribunais da Turquia libertaram neste sábado mais de 800 recrutas que estavam presos como parte da investigação do fracassado golpe de 15 de julho no país, informou a agência de notícias estatal Anadolu. Em Istambul, 758 dos 989 recrutas detidos na investigação do golpe foram liberados pelo escritório da promotoria, após uma decisão judicial.

Os promotores recomendaram a libertação sob o argumento de que os recrutas tinham prestado depoimento e não havia o risco de fuga. Os recrutas prestavam o serviço militar compulsório quando ocorreu a tentativa de golpe. Entre os libertados havia militares que fazem Ensino Médio.

Outros 47 recrutas foram libertados por um tribunal de Ancara, em condições similares.

Segundo os dados mais recentes do ministro do Interior, Efkan Ala, mais de 9 mil pessoas, em sua maioria militares, foram detidas após o golpe fracassado, que causou a morte de mais de 200 pessoas. Milhares de outras foram detidas, mas não presas formalmente.

O governo turco lançou uma grande investigação contra supostos membros do movimento Gulen, liderado pelo clérigo islâmico Fethullah Gulen, que vive nos EUA. Para Ancara, Gulen está por trás do golpe. Dezenas de milhares de pessoas perderam seus empregos, foram detidos ou presos durante o expurgo, que afetou o Judiciário, a polícia, os militares e o sistema educacional, entre outros setores.

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