Para Figueiredo, chegada de Maluf ao Planalto seria sinônimo de convulsão social
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José Escarlate
O presidente João Figueiredo jamais escondeu que gostaria de afastar o fantasma de Paulo Maluf como seu sucessor, pelo Colégio Eleitoral.
Em várias oportunidades ele desabafava: “O turco jamais sentará na minha cadeira. Não há essa hipótese”.
Para o presidente, Maluf era, além de arrogante, prepotente, sem escrúpulos e despreparado.
Um dia, conversando com o então senador Guilherme Palmeira, disse que se Maluf viesse a ganhar a disputa no Colégio Eleitoral, haveria uma convulsão social no país.
Palmeira então indagou: “E depois?”.
Figueiredo tomou fôlego e um gole de água mineral e sentenciou: “Depois, virá o golpe, e eu não terei nada com isso. Estarei descansando no meu sítio de Nogueira”.
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