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O quinteto

Éramos quatro, e mais o Carlos Imperial

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José Escarlate

Guardo lembranças do velho Mosteiro de São Bento, no Rio, onde fiz minha formação. Ali estudei e bagunçei aulas, tendo como amigos inseparáveis os irmãos Chico e Carlos Imperial, o Rodrigo, um gaúcho herdeiro das indústrias Michelon, que tratávamos por Michelin e o Adriano, filho do dono da Fogos Adrianino.

São João no São Bento era uma festa de luzes e cores. Éramos cinco capetas. Homens feitos, Chico, Francisco Manuel da Corte Imperial, virou Procurador da República, morrendo em Brasília. O irmão, Carlos Eduardo da Corte Imperial, cresceu e virou um multi talentos. Coube a ele lançar a Jovem Guarda e “inventar” Roberto Carlos, Elis Regina, Tim Maia e Wilson Simonal. Ficava mordido quando o chamavam de intelectual.

“Mentira – dizia -, “intelectual não come ninguém e eu tenho as minhas lebres”. Na sua caminhada foi compositor, jornalista, cineasta, político e ficou conhecido como “Rei da Pilantragem”. Irreverente, dizia:” “Prefiro ser vaiado no meu Mercury Cougar do que ser aplaudido de pé num ônibus”.

Carlos Imperial morreu no dia 4 de novembro de 1992, com 56 anos de idade, no hospital Ordem Terceira da Penitência, na Tijuca, Zona Norte do Rio, de infecção generalizada, depois de passar internado 15 dias na UTI, sendo submetido a uma cirurgia para extração do timo, que recobre grandes vasos da base do coração. Marco Antônio, seu filho, garante que houve erro médico. Já o Adriano Adrianino e o Michelin, chi lo sa?

PV

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