Eles e elas
Criança que se exercita manda osteoporose para longe
Publicado
emBeka Andrade, Edição
Na escola é normal se deparar com meninos jogando futebol e meninas exercendo atividades de menor impacto. Diante disto e do Dia Mundial da Osteoporose, Fábio Geraldi Figueiredo, ortopedista do Hospital Santa Luzia, em Brasília, chama a atenção para o incentivo a atividades físicas na infância, principalmente para as meninas.
“O segredo para o combate à doença é a prevenção que começa bem cedo. Se a criança se exercitar e comer adequadamente desde os primeiros anos de vida até o final da puberdade, atingirá uma densidade mineral óssea suficiente para prevenir o surgimento de osteoporose na vida adulta, em especial no período pós-menopausa, quando se trata do sexo feminino”, acrescenta.
Para se ter uma noção do problema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou recentemente a osteoporose como uma “epidemia inaceitável” e está convocando médicos, pacientes, imprensa e governos a reconhecer a osteoporose como o segundo maior problema de saúde pública – depois das doenças do coração – e o que mais limita a qualidade de vida da mulher. Segundo a OMS, a osteoporose é uma doença negligenciada, mal diagnosticada, que afeta aproximadamente 200 milhões de mulheres no mundo.
No Brasil, a campanha da entidade mundial recebeu a colaboração de um estudo que constatou que 13,3% das mulheres brasileiras, acima dos 45 anos, apresentam fragilidade óssea que pode evoluir para fraturas. Em termos estatísticos, isso significa mais de dois milhões de mulheres. Destas, cerca de um milhão deverá ficar inválida e 200 mil poderão vir a óbito, se não receberem tratamento adequado. “O tratamento é bem simples e baseia-se em terapia medicamentosa específica quando necessário, ajuste de hábitos alimentares, exposição diária à luz solar e realização de atividades físicas adequadas à capacidade individual de cada um”, complementa Fábio.
O especialista afirma que isso não acontece, mas crianças podem ser diagnosticas com osteoporose idiopática juvenil, principalmente entre 8 e 12 anos, em casos raros. “Outras formas de osteoporose que aparecem na fase pré-puberal estão ligadas a causas secundárias, como algumas medicações, ausência de estímulos motores, distúrbios nutricionais e imobilizações prolongadas, decorrentes de tratamento de fraturas. Em resumo, fatores como a nutrição alimentar inadequada, baixa exposição a luz solar, ausência de estímulos físicos e o avançar da idade são os fatores que mais merecem atenção quando se fala em osteoporose”, aconselha.
O médico ainda destaca o acompanhamento médico regular para avaliar a densidade óssea mineral se prevenir o quanto antes.