Troca de presentes
Gymnich, o cavalo que Reagan ganhou e não levou
Publicado
emJosé Escarlate
Corria o ano de 1982. O então presidente dos Estados Unidos da América, Ronald Reagan, visita Brasília. Entre as muitas cerimônias e compromissos, Reagan aceita o convite do presidente João Figueiredo para passar a manhã na Granja do Torto.
Lá, cavalgando com Figueiredo, o presidente americano se apaixonou pelo cavalo Gymnich, um belo espécime da raça hanoveriana.
Figueiredo então resolveu doar a Reagan o Gymnich, um dos seus favoritos. Imediatamente esbarraram em um problema que, aqui, deixaria de sê-lo. A lei americana não permite que seus presidentes recebam presentes acima de 150 dólares. Reagan ficou triste, agradeceu o oferecimento e não levou o cavalo.
Regressando a seu país e agradecendo a gentileza, o presidente americano enviou de presente para Figueiredo um a escultura de Harry Jackson, autor de inúmeras peças de caubóis e índios americanos.
Após o falecimento dos dois presidentes, a peça, um cavalinho de bronze, foi a leilão, promovido pela viúva, Dulce Figueiredo, sendo adquirido pelo empresário gaúcho, Lírio Parisotto, uma das maiores fortunas do país.
Médico, recentemente namorou a modelo Luiza Brunet, envolvendo-se com ela em um rumoroso caso. O Iphan ainda tentou adquirir a peça, mas desistiu de comprá-la para o acervo do Museu da República devido ao elevado preço: 300 mil reais.