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Operação Drácon

Grampos levam pânico ao primeiro escalão do Buriti

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José Seabra

A PF está de posse de gravações que podem supostamente mostrar um novo caminho nas investigações da Operação Drácon – aquela que implodiu um emaranhado esquema de propinas pagas com emendas parlamentares.

Não se sabe se os áudios foram gravados clandestinamente, ou se houve autorização prévia da Justiça. O material chegou originalmente às mãos da Abin (Agência Brasileira de Informação, uma mistura de CIA e FBI tupiniquins), que encaminhou as fitas para a Polícia Federal.

Os grampos foram produzidos nos cinco dias anteriores à terça, 18, quando o Tribunal de Justiça decidiu afastar definitivamente Celina Leão da presidência da Câmara Legislativa, embora tenha reconduzido os 1º, 2º e 3º secretários da Mesa Diretora, apesar de esses parlamentares também serem investigados na Drácon.

Quem teve acesso a trechos da gravação garante que entre os interlocutores estariam membros do primeiro escalão do governo de Rodrigo Rollemberg, e togados que trabalham no lado oposto da Praça do Buriti.

Pessoas bem situadas na área de informações do Governo Federal avaliam que a bomba pode explodir entre terça e quinta-feira da próxima semana. Coincidentemente, nos dias 8 (terça) e 10 (quinta), o Superior Tribunal de Justiça deve dar o veredito final sobre o recurso de Celina Leão para recuperar sua cadeira de presidente do Legislativo brasiliense.

A deputada sempre pregou inocência no caso das emendas da saúde, e jogou toda a responsabilidade para sua colega Liliane Roriz. Não bastasse isso, Celina tem acusado Rollemberg de estar por trás de uma ‘armação’ para destituí-la do cargo. Se ela tem razão ou não, caberá ao STJ dizer.

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