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Juntar as ‘almas’ dá prejuízo de 1 mil 300 a garçom

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Marta Nobre, Edição

Você já se imaginou entrar em um programa social do governo, casar com a pessoa amada, receber um álbum de fotografias da festa e depois viver o drama de ter a conta bancária bloqueada?

Pois é. Isso aconteceu com o garçom Wanderson Lopes de Sousa. Ele descobriu nesta terça-feira (8) estar com os bens penhorados por não ter conseguido pagar pelo álbum de casamento, realizado durante uma cerimônia comunitária do programa Almas Gêmeas.

A celebração ocorreu em 2013, tendo como fundo a Ponte JK e bancado integralmente por um programa do governo. O registro da união foi feito pela empresa Sol Formaturas: 76 imagens.

“Está aqui, bloqueado R$ 1.289 da minha conta. [Meu dinheiro] Todinho, me deixou zerado”, afirmou o homem, mostrando o extrato bancário. “Eles [a empresa] proibiram levar os fotógrafos, filmagens, câmera com qualquer um, pois iria atrapalhar as filmagens deles.”

Sousa afirma que a promessa era de que o álbum seria vendido a um preço acessível, mas nenhum valor foi combinado previamente. Ele ganha R$ 1.230 por mês e se casou com Sheila da Silva Marques na mesma cerimônia do projeto Alma Gêmea que reuniu outros 94 casais.

Em nota, a Sol Formaturas disse desconhecer a proibição de haver outros fotógrafos no evento e afirmou que em nenhum momento o garçom foi obrigado a comprar o álbum. Já a Secretaria de Justiça declarou que, na atual gestão, as fotos do casamento comunitário são feitas por equipe própria e distribuídas gratuitamente aos casais.

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