‘Beberam’ verba da represa e Brasília pode ficar a seco

Carolina Paiva

As obras de abastecimento de água de Corumbá IV, iniciadas no último governo de Joaquim Roriz, estão paralisadas. O sistema, que deveria ter sido inaugurado em 2010, já não tem nenhuma previsão para entrar em funcionamento.  Tudo culpa de uma suposta corrupção apontada pelo Ministério das Cidades, que acaba de suspender o repasse de verbas.

Corumbá IV deveria produzir água e energia a partir de um imenso lago encravado entre o Distrito Federal e Goiás, para atender a região. Uma auditoria apontou irregularidades, a exemplo de direcionamento da licitação, aumento da quantidade de equipamentos comprados sem justificativa e com alto valor. O prejuízo apurado alcançar R$ 6 milhões.

O empreendimento é uma parceria dos governos de Brasília e Goiás. A Saneago, do governo goiano, é responsável pelas estruturas que vão captar a água e levar até Valparaíso, na região do Entorno do Distrito Federal. Lá, a Caesb, de Brasília, deverá construir dois reservatórios e uma estação de tratamento de água, para atender Santa Maria, Gama e Recanto das Emas. Essa etapa continua em andamento, mas a parte relacionada à Saneago parou.

O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, diz estar “preocupado” com a paralisação das obras de responsabilidade da Saneago.

“[A conclusão das obras] vai depender de quando esse problema que a Saneago está enfrentando, no momento, seja resolvido. Nossa expectativa é que seja o quanto antes. […] O projeto é um projeto integrado, nos temos que cumprir a nossa parte e eles também. Senão, a agua não vai chegar até a estação de tratamento de água”, disse o dirigente, segundo o G1.