Por quê?
Juiz decreta sigilo sobre caso da morte de Teori
Publicado
emConstança Rezende
O juiz Raffaelle Felice, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), decretou nesta segunda-feira, 23, sigilo nas investigações sobre a queda do avião que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas no mar em Paraty (RJ), na última quinta-feira, 19.
Funcionários da empresa AGS continuaram a fazer o resgate dos destroços do avião nesta segunda-feira. O trabalho, iniciado na noite de domingo, 22, foi feito com o auxílio de uma balsa, com um guindaste acoplado, a cerca de dois quilômetros de Paraty.
Os destroços serão levados para a Base Aérea do Galeão, na capital fluminense, onde ficarão à disposição dos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) ouvirão nesta terça-feira, 24, depoimentos de testemunhas da queda da aeronave.
Voz, e a voz? – O gravador de voz (Cockpit Voice Recorder, CVR) recolhido nos destroços do avião, foi danificado pelo contato com a água, informou na tarde desta segunda-feira, 23, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira (FAB).
A água atingiu, segundo os militares encarregados das investigações, a “base” do equipamento, onde estão cabos e circuitos que fazem a ligação para armazenamento das informações. A outra parte do gravador, que armazena os dados gravados, é, segundo o Cenipa, “altamente protegida”. O aparelho registra conversas na cabine da aeronave e pode ajudar os investigadores a entender o que aconteceu momentos antes da queda.
O aparelho, que chegou no sábado, 21, a Brasília para ser analisado no Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), precisará ser submetido a secagem, verificação da integridade das gravações, degravação dos dados e sua transcrição.
“O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento”, afirmou o Cenipa, em nota.