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Poço sem fundo

Rollemberg pede 55 mi para tirar água do Paranoá

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Ivan Richard Esposito

Em meio à crise no abastecimento na capital do país que levou o Distrito Federal a adotar o racionamento de água, o governador Rodrigo Rollemberg entregou nesta segunda (13) ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, um plano de trabalho para captação emergencial de água no Lago Paranoá. A intenção do governo local é que a União financie a obra, estimada em R$ 55 milhões.

Barbalho disse que técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) farão análise da proposta e devem dar uma resposta no prazo de 20 dias. “Nosso objetivo é garantir o quanto antes os recursos para que essas intervenções sejam feitas com a finalidade de assegurar a tranquilidade hídrica do Distrito Federal”, disse o ministro.

Segundo o governo do DF, a proposta é captar 700 litros de água por segundo do Lago Paranoá por meio de seis tanques e para reforçar o abastecimento nas regiões administrativas atendidas pela Barragem do Descoberto. O prazo de conclusão da obra é de 180 dias.

Autora do projeto, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), informou que no local de captação, no Lago Norte, será montada uma estrutura flutuante que vai direcionar água para tratamento à beira do reservatório, onde será instalada uma estação compacta. Segundo a Caesb, o local de captação foi escolhido “em razão da elevada qualidade hídrica, atestada em estudos”.

Ainda de acordo com o GDF, depois de tratado, o recurso vai abastecer regiões como Lago Norte, Varjão, Setor de Mansões do Lago Norte, Taquari, Paranoá e Itapoã. “O processo vai diminuir o volume que precisa ser distribuída pela Estação de Tratamento de Água Brasília, que recebe uma cota não tratada do Sistema Santa Maria/Torto”, informou o governo local, em nota.

Racionamento – Desde janeiro, o governo do DF passou a adotar o racionamento de água, com o rodízio no fornecimento entre todas as regiões que são abastecidas pelo reservatório do Descoberto, o maior da capital. O calendário dos cortes é feito com um ciclo de seis dias, sendo que em um dia há a interrupção completa, em dois estabilização e em três fornecimento normal. No sétimo dia, o corte volta a acontecer. O racionamento prosseguirá por tempo indeterminado, até que ocorra a recuperação do estoque de água no Descoberto.

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