O guarda-chuva
China rejeita decisão armada para paz na Coreia do Norte
Publicado
emDiante da crescente pressão dos EUA para que algo seja feito contra a ameaça nuclear da Coreia do Norte, o presidente da China, Xi Jinping, conversou por telefone com o presidente americano, Donald Trump, e reiterou que Pequim espera que a questão seja solucionada de forma pacífica.
A ligação telefônica, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (pelo horário de Pequim), veio apenas alguns dias depois de os dois líderes se reunirem na Flórida e de Trump publicar ontem no Twitter mensagens direcionadas à China.
Segundo a emissora estatal chinesa, Xi enfatizou na conversa com Trump que a China está comprometida com esforços para evitar o uso de armas nucleares pela Coreia do Norte e mantém o objetivo de solucionar o problema por meios pacíficos. Xi também expressou o desejo de continuar em contato com os EUA e coordenar ações com Washington, afirmou a emissora.
Na terça, 11, Trump afirmou no Twitter que agirá unilateralmente contra a Coreia do Norte se a China não ajudar, repetindo o que havia dito em recente entrevista ao jornal britânico Financial Times. “A Coreia do Norte está procurando encrenca”, escreveu Trump na rede social. “Se a China decidir ajudar, será ótimo. Caso contrário, resolveremos o problema sem eles!”, acrescentou.
Trump tuitou ainda que havia dito a Xi, durante a reunião do fim da semana passada na Flórida, que um eventual acordo comercial entre EUA e China teria termos mais favoráveis para Pequim se os chineses cooperassem mais na questão da Coreia do Norte.
Após o encontro de Xi e Trump, o ministro de Relações Exteriores da China, disse a repórteres que ambos os lados haviam concordado em se comunicar e cooperar na questão da desnuclearização da Península Coreana. Na ocasião, o ministro afirmou também que os presidentes concordaram manter contato frequente por meio de mais encontros, conversas telefônicas e cartas.
A Coreia do Norte celebra o aniversário de nascimento de Kim Il Sung, fundador do país, no sábado, o que tem gerado preocupações de que Pyongyang poderá escolher a data para conduzir um novo teste com mísseis.