Inflação
Tomate volta a ser o vilão na luta contra os preços altos
Publicado
emThaís Barcellos
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,44% na segunda quadrissemana de abril, de 0,49% na primeira medição do mês, informou nesta segunda-feira (17) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Das oito classes de despesas analisadas pela fundação, três apresentaram decréscimo em suas taxas de variação nesta apuração: Habitação (0,78% para 0,36%), Vestuário (-0,20% para -0,64%) e Despesas Diversas (0,77% para 0,54%).
Em contrapartida, registraram acréscimo em suas taxas de variação na segunda quadrissemana de abril os grupos Transportes (-0,39% para -0,21%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,79% para 0,94%), Educação, Leitura e Recreação (0,10% para 0,37%), Alimentação (1,03% para 1,06%) e Comunicação (-0,65% para -0,39%).
Grupos – O grupo Habitação deu a maior contribuição para a desaceleração do IPC-S entre a primeira quadrissemana de abril e a segunda leitura do mês. A classe de despesa desacelerou de 0,78% para 0,36%, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,69% para 0,75%.
Vale lembrar que, no mês de abril, apesar do início da vigência da bandeira vermelha, há desconto na conta de luz graças à devolução de cobranças indevidas atreladas à usina de Angra 3.
Dentre as outras classes de despesas que registraram decréscimo em suas taxas de variação, a FGV destacou o comportamento dos itens roupas (-0,42% para -0,80%), em Vestuário, e serviço religioso e funerário (2,11% para 1,32%), no grupo Despesas Diversas.
De forma isolada, os itens com as maiores influências de baixa foram gasolina (mesmo com deflação menor de -2,21% para -1,79%), etanol (apesar da taxa maior de -4,48% para -4,32%), tarifa de telefone residencial (a despeito da aceleração de -2,55% para -1,68%), maçã (-10,03% para -10,56%) e bombons e chocolates (-7,81% para -8,09%).
Já os cinco itens com as maiores influências de alta foram tomate (41% para 55,15%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,99%), refeições em bares e restaurantes (mesmo com a desaceleração de 0,61% para 0,54%), perfume (1,92% para 2,45%) e tarifa de eletricidade residencial (apesar do alívio de 3,69% para 0,75%).