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Denim Day

Calça jeans, a forma de protestar contra a violência

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Anna Rombino

Abril é o Mês da conscientização da violência sexual. Por isso, importantes ações ocorrem ao redor do planeta. Uma delas é o Denim Day, que convoca mulheres a usar calça jeans para protestar. Em 2017, a data foi celebrada no dia 26.

O projeto nasceu há 18 anos, após a Suprema Corte Italiana anular uma condenção de estupro porque o juíz alegou que a vítima consentiu a relação, já que ela estava usando uma calça jeans e a peça não pode ser facilmente tirada. Segundo ele, o estuprador não removeria o item sem a ajuda da mulher.

O argumento reabriu o debate sobre o estupro e como o crime é visto perante a lei. Em Roma e Nápoles, comerciantes começaram a vender ‘jeans anti-estupro’ como presente de dia dos namorados.

Inconformadas com o veredicto, as mulheres do parlamento italiano, lideradas por Alessandra Mussolini (neta de Benito Mussolini), se manifestaram usando jeans no trabalho até que a decisão fosse alterada. Na época, Alessandra declarou ao jornal The New York Times que se sentia ultrajada com a decisão. “Parece que esse argumento veio de 50 anos atrás”, ela disse. “Obviamente os juízes não entendem como as vítimas pensam ou como a vida real funciona.”

A ação chegou até as mulheres da Assembléia e do Senado da Califórnia, que fizeram o mesmo, e a instituição Peace Over Violence, que promoveu o primeiro Denim Day em abril de 1999 em Los Angeles.

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