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Em minoria, torcida africana vira atração e recebe apoio do povo

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Com pouca torcida, sumida no mar de colombianos que invadiu Brasília para o jogo desta quinta 19, a seleção de Costa do Marfim contou com a torcida de nacionais de outros países africanos no Estádio Nacional Mané Garrincha. Faltando menos de uma hora para o jogo dezenas de milhares de colombianos faziam a festa nas entradas do estádio. Raríssimos, os torcedores com o uniforme da seleção marfinense se tornaram atração.

Com dificuldade de andar mais de 20 metros sem ser parado por grupos de colombianos querendo tirar foto com ele, Mao Iogo, da República Democrática do Congo, contou que veio sozinho ao Brasil para a Copa. Com a camisa do atacante Drogba, ele disse que a Costa do Marfim é uma boa seleção e representa a África. Com a família e amigos pedindo para que ele não viesse ao país, ele se diz surpreendido com o que encontrou em Brasília.

“Antes de vir ao Brasil me disseram que era muito perigoso e por isso não convenci minha família e amigos a virem comigo. Vim só, foi muito caro, mas estou impressionado com os serviços, as pessoas e a comida excelentes. Acho que os brasileiros estão fazendo um trabalho muito bom”, elogiou o analista de negócios congolense, que depois de Brasília, seu primeiro destino no país, viajará para o Rio de Janeiro para assistir a outras partidas.

Um moçambicano estudante de mestrado em matemática financeira da USP em São Carlos também foi muito “assediado” pelos torcedores da Colômbia, corria para tentar entrar cedo no estádio, mesmo sem filas. Há quatro meses morando no Brasil, disse que acha o país formidável e está adorando o clima de festa das pessoas e entrou na torcida. “Costa do Marfim é um país africano e eu sou africano. A seleção joga um bom futebol e eu acho que vai passar para a próxima fase com a Colômbia”, disse.

Danilo Macedo, ABr

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