Corpo em ebulição
Beber, beber, depois comer, comer… e o estrago está feito
Publicado
emCarolina Paiva, Edição
Por ser facilmente absorvido pelo nosso corpo, o excesso de álcool pode causar aumento de peso. Além de inchar o corpo, as sete calorias por grama garantem efeitos ruins para o metabolismo corporal, mesmo em pequenas quantidades. Segundo o médico Theo Webert, da clínica Corpometria, a consciência é fundamental para evitar excessos desnecessários durante uma dieta equilibrada.
“Não podemos cobrar um resultado mediante a sua disposição em mudar e adquirir novos hábitos. Tenho muitos pacientes que não abrem mão de tomar vinho no jantar, cerveja do final de semana e outras coisas. Pode parecer pouco, mas a bebida alcoólica possui alto nível de carboidratos e, mesmo parecendo inocente, é acompanhada por frituras ou massas”, explica o especialista.
Segundo Webert, a presença de álcool no corpo diminui a queima de gorduras em até 70% abaixo do normal. “Isso porque o corpo passa a utilizar o álcool como fonte de energia ao invés da gordura corporal, o que dificulta muito a perda de peso”, explica.
Preocupado com qualidade de vida e bem-estar, o médico lembra ainda que o consumo do álcool resulta em desidratação do organismo. “Se esse consumo de alguma forma faz o paciente relaxar, pode sim aliviar até certo ponto o cortisol, mais conhecido como hormônio do estresse”, diz.
O especialista orienta que os prejuízos causados pela bebida podem ser atenuados se a alimentação for rica em fibras e proteínas, principalmente. “E é claro que a ingestão de bastante água, por causa da desidratação”, completa.
Além dos cuidados durante o consumo de álcool, o médico sugere que se for inevitável o consumo de álcool, que se priorize o gim, uma das bebidas com menor impacto negativo no organismo. Na sequência, vodka e, por último, whisky e cerveja. “No dia seguinte da bebedeira, seu organismo passa por um processo de muita fome, o que também facilita o ganho de peso, e quanto mais você tenha bebido no dia anterior, maior será esse apetite”, finaliza o médico.