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Prisão de corruptos

Operação da PF caça Arruda, Agnelo e Tadeu Filippelli

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Marta Nobre

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça, 23, uma operação para prender os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT). Tadeu Filippelli (PMDB), assessor especial de Michel Temer e ex-vice-governador, também é alvo da operação.

Os três foram denunciados em delação da Andrade Gutierrez como beneficiários diretos na construção do Estádio Mané Garrincha. Receberam, dizem os delatores, propina.

O Mané Garrincha, orçado inicialmente em 600 milhões de reais, teve o valor duplicado ao final das obras, iniciadas na administração de Arruda e concluídas por Agnelo Queiroz.

Cerca de 80 policias federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão, dez de prisão temporária, além de três conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para depor e depois liberada.

O nome da operação é Panatenaiko, referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga.

Além dos mandados contra Arruda, Agnelo e Filippelli, há outros oito de prisão. A 10ª Vara da Justiça Federal do DF, que autorizou a operação, ainda expediu 15 mandados de busca e apreensão e outros três de conduções coercitivas.

Segundo a Polícia Federal, a hipótese investigada é que agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e assim simulado procedimentos previstos em edital de licitação. A operação caça uma organização criminosa que teria fraudado as obras de reforma do Mané Garrincha.

A PF lembra que, em razão da obra do Mané Garrincha – a mais cara arena da Copa – ter sido realizada sem prévios estudos de viabilidade econômica, “a Terracap, companhia estatal do DF com 49% de participação da União, encontra-se em estado de insolvência”, afirma a nota da PF.

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