Nem fede nem cheira
Líder tucano lava as mãos para a prisão de Loures
Publicado
emJulia Lindner
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), considera que a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) é uma questão “absolutamente pessoal” e não deve estimular o movimento pelo desembarque do governo Michel Temer. “Não cabe ao PSDB tomar decisão política em relação ao País por conta de uma questão absolutamente pessoal do Rocha Loures”, disse o tucano.
Para Bauer, a prisão de Loures não causa nenhum problema entre o PSDB e o governo, pois a sigla não pode trabalhar com “hipóteses e especulações” sobre o envolvimento de Temer no caso. “O Rocha Loures tem uma questão que ele mesmo tem que resolver com a justiça”, declarou Bauer. “Acho que ele (Rocha Loures) é um cidadão que foi flagrado praticando algum ato que a Justiça precisa avaliar e julgar”, reforçou.
Sobre a divisão no PSDB em relação à permanência na base aliada do governo, Bauer disse que alguns integrantes do partido “são um pouco mais ansiosos e outros mais cautelosos”. “Não podemos imaginar que por conta de uma reunião ou da manifestação de um ou outro (parlamentar) o partido vai cometer um erro.”
Ele afirmou também que o PSDB não deve fazer “discurso em cima da crise”, e sim fazer “uma ação política com responsabilidade”. “E, em um momento de crise, a pior coisa é decidir com pressa, porque a chance de erro é maior”, ponderou.
Na próxima terça-feira, durante o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), haverá uma reunião do partido para discutir a permanência no governo.
Bauer, entretanto, minimizou dizendo que a reunião ocorre todas as terças-feiras para discutir a pauta de votações da semana.