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Chapa da propina

Benjamin aceita ir a velório, mas sem carregar o caixão

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Marta Nobre

O ministro Hermann Benjamin, relator, no Tribunal Superior Eleitoral, do processo chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, votou favoravelmente para cassar os eleitos. A sessão da manhã desta sexta-feira teve a duração de quatro horas.

Após a leitura do relatório, o ministro Luiz Fux, que presidia a sessão, suspendeu os trabalhos, que devem ser retomados após as 14h30.

Sete ministros têm assento no TSE. São necessários ao menos quatro votos para que a chapa seja cassada. A expectativa, porém, é a de que o presidente Michel Temer saia vencedor pelo placar de 4 a 3.

Benjamin acusou a chapa de abuso de poder político e econômico. A tônica da campanha, disse, foi a corrupção. Segundo o ministro, Dilma e Temer foram eleitos graças a milhões de reais pagos, a título de propina, pela Odebrecht.

A justiça, ainda de acordo com o ministro, não ppde ser atropelada. Ele observou que não quer destruir projetos políticos. E sentenciou: “Não aceito morte de prova viva. Posso aceitar ir ao velório, mas não serei eu a carregar o caixão”.

Quando a sessão for retomada, cada ministro disporá de até 20 minutos para manifestar seu voto, que deverá ter a seguinte ordem: Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do Tribunal, Gilmar Mendes.

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