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Picciani ataca Pezão e antecipa debate sobre impeachment
Publicado
emVladimir Platonow
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), fez críticas ao governador Luiz Fernando Pezão. Em mensagem eletrônica enviada ao líder do governo deputado Edson Albertassi (PMDB), Picciani classifica o governador de despreparado e leniente na solução da crise financeira enfrentada pelo estado. As declarações do presidente na mensagem repercutiram entre os deputados da Alerj.
“A culpa não é dos poderes ou das instituições, mas, sim, do Executivo e de um governador despreparado e leniente”, diz Picciani na mensagem eletrônica, divulgada pela assessoria.
O presidente da Alerj também criticou a demora do governo estadual na negociação em torno da securitização da dívida, mecanismo de antecipação de créditos a receber junto a uma instituição financeira que paga um deságio, no caso o Banco do Brasil. “E a securitização da dívida, alardeada pelo governo e seu secretariado e aprovada pela Alerj, que proporcionaria, segundo o Executivo, R$ 5 bilhões junto ao Banco do Brasil? Onde está? Lá se vão quase dois anos de um governo incompetente”, disse.
No fim da mensagem ao líder do governo, Picciani diz que, fora o Plano de Recuperação Fiscal, uma das saídas para crise no estado seria o impeachment de Pezão ou a intervenção federal no estado.
“Fora do Plano de Recuperação Fiscal, existem apenas dois caminhos, ambos duros: intervenção federal ou votar o impedimento do presente governo. Devemos e estamos nos esforçando para não chegar a isso”, concluiu Picciani. No entanto, Picciani, presidente do PMDB estadual e considerado aliado do governador, não deu prosseguimento a oito pedidos de impeachment de Pezão. Atualmente, há, pelo menos, dois pedidos para serem avaliados.
No início do mês, a Alerj aprovou o plano de recuperação fiscal do estado do Rio de Janeiro. A aprovação era necessária para o estado aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, do governo federal, que permitirá a regularização das finanças estaduais. O acordo agora precisa ser assinado pelo governo federal para ter validade.