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Decisão em banho-maria

Prepare o bolso, que vem mais aumento de impostos por aí

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Eduardo Rodrigues, Adriana Fernandes e Fabrício de Castro

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo não deixará de cumprir os seus objetivos, como a meta fiscal, por resistência teórica ao aumento de tributos. Em entrevista sobre as novas metas de inflação, o ministro foi mais uma vez questionado sobre a possibilidade de alta da Cide sobre combustíveis para elevar a arrecadação, mas respondeu que não ainda tinha decisão.

“Um princípio que tenho é anunciar imediatamente uma decisão tomada. No momento, não temos decisão. Temos, sim, discussão já manifestada que, se precisar aumentar imposto, nós vamos aumentar. Mas não foi tomada nenhuma decisão”, reiterou o ministro.

Segundo ele, em algum momento, se configurar a necessidade de aumentar impostos será feito. “Não deixaremos de cumprir os objetivos por resistência teórica ao aumento de impostos”, afirmou.

O ministro disse que a meta fiscal será cumprida e a discussão é como ela será cumprida. “Estamos falando sobre como atingir metas fiscais, e, não, se cumpriremos”, afirmou.

Questionado se a decisão das novas metas de inflação levaram em consideração a possibilidade de alta da Cide Combustíveis, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfjan, afirmou que a definição de metas não tem a ver com questões do dia a dia de política econômica. “Metas são para três anos à frente”, disse.

Para o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a decisão de aumentar período de definição das metas de inflação tem exatamente o objetivo de desvincular decisões de política monetária de longo prazo das ações de curto prazo de política econômica.

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