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Operação Calabar

Rio prende laranjas podres que agiam como policiais

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Lucas Gayoso

O delegado Fábio Barucke, titular da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, afirmou que os 96 PMs suspeitos de participar de um esquema de cobrança de propina a traficantes agiam de forma organizada e mantinham organização hierárquica no 7º Batalhão da Polícia Militar (São Gonçalo). Sessenta e dois policiais foram detidos.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 29, ele foi contundente ao se referir aos agentes acusados. “Extraímos de lá essas laranjas podres para fortalecer ainda mais essa instituição que nos garante paz no dia a dia”, disse.

De acordo com o delegado, a maioria dos suspeitos são sargentos e cabos. O preso de patente mais alta é um subtenente. Os acusados agiam de forma organizada e tinham posições definidas na quadrilha. Dentro do batalhão, havia divisão hierárquica e grupos chefiados por líderes do esquema.

“Foi identificada uma organização bem definida de divisão de tarefas. Havia grupo dentro do batalhão, como uma hierarquia. Existia um líder, que tinha uma representação maior dentro da organização criminosa”, disse Barucke.

Barucke contou que, além dos crimes citados, os policias chegavam a sequestrar traficantes quando as propinas não eram pagas. Eles liberavam os criminosos somente quando o valor acertado era quitado.

Eles também revendiam armas e drogas apreendidas para a facção criminosa Comando Vermelho. Os suspeitos ainda forjavam apreensões em comunidades da Região Metropolitana e na zona oeste.

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