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República de bananas

Governo tira os delegados e prepara morte da Lava Jato

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Marta Nobre

A Operação Lava Jato está à míngua. Para morrer, não demora. Essa a avaliação de delegados federais, ao serem informados pelo comando da Polícia Federal que a Força Tarefa sediada em Curitiba, Paraná, encarregada de investigar e prender envolvidos no propinoduto da Petrobras e empreiteiras, foi desativada.

Dos quatro delegados que ainda formavam o grupo especial, restaram três. O desmanche total deve ser oficializado nas próximas horas.  A decisão de esvaziar a Lava Jato está sendo atribuída por Leandro Daiello, diretor-geral da Polícia Federal.

Com o desmonte da Força Tarefa, os delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros. Os policiais deixarão de se dedicar exclusivamente à Lava Jato, passando a dividir casos da operação com quaisquer outras investigações.

Os comentários são de que as apurações sofrerão um baque. As investigações que começaram a surgir em torno de nomes do PSDB e PMDB praticamente ficarão paralisadas, admitem delegados federais. Teme-se inclusive pelo futuro de eventuais novas operações com manados de busca, prisão e apreensão.

Em nota, a Polícia Federal confirmou que há um remanejamento na equipe, mas nega que a Lava Jato será prejudicada.

Veja o que diz o documento emitido pela Polícia Federal:

1. Os grupos de trabalho dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (Delecor);

2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;

3. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois ex-integrantes da Operação Lava Jato;

4. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;

5. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;

6. A Polícia Federal reafirma o compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento dos crimes investigados.

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