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Fim de farra

Biometria facial combate fraude no passe estudantil

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Amanda Martimon

Em menos de dois meses de testes da biometria facial em dez ônibus da linha 110 — que faz o trajeto circular Rodoviária-Universidade de Brasília (UnB) —, o governo de Brasília identificou o uso irregular de 2 mil cartões de Passe Livre Estudantil.

A quantidade representa mais de 11% dos 17.574 usuários que utilizaram o cartão nesses veículos no mesmo período. “É um número bastante elevado. São 2,7 mil ônibus no sistema, e isso foi identificado em apenas dez”, analisa o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno.

Até agora, 1,3 mil titulares de cartões foram notificados e estão com o benefício suspenso. O bloqueio ocorre dez dias após a notificação.

“Esses cartões serão bloqueados, conforme a lei, por seis meses. A pessoa terá de comparecer ao DFTrans [Transporte Urbano do Distrito Federal] para se explicar, será aberto um processo administrativo e, na Polícia Civil, um outro processo quanto à utilização [irregular] desses cartões”, detalha Damasceno.

Desde o ano passado, foram bloqueados cerca de 95 mil cartões no Distrito Federal por irregularidades.

Ao se apresentarem no DFTrans, os usuários têm direito a defesa. Passados os seis meses de bloqueio, poderão requerer o benefício novamente, caso atendam aos requisitos.

Damasceno destaca que o maior controle do cadastro, em parceria com unidades de ensino, ajudou no controle. “Nesse processo, a gente verifica quem tem ou não o direito, mas não consegue avaliar o que é feito com o cartão. A biometria vem para combater um segundo tipo de fraude, que é provocada pelo aluno que tem o direito, mas vende, aluga, dá o cartão.”

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