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Reforma ministerial fica parada (e a base vai brigando entre si)

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Reforma parcial do Ministério está parada na posse, na semana passada, dos quatro ministros do PT. A forma como a presidente Dilma Rousseff quer fazer a escolha dos novos ministros não está sendo aceita pelos partidos. “Não queremos ser barriga de aluguel“ – reagiram os dirigentes do PTB aos serem  informados de que a legenda poderia ser contemplada com o Ministério do Turismo, mas a escolha do nome para ocupá-lo seria feita pelo Palácio do Planalto. Os petebistas comunicaram à presidente que abriam mão desse Ministério.

Atitude idêntica adotaram os deputados da bancada do PMDB na Câmara, ao saberem que o Ministério da Agricultura seria ocupado por nome não indicado por eles. A liderança do PMDB comunicou ao líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, que sua bancada estava deixando de integrar a base do governo, reservando-lhe  o direito de votar projetos conforme os interesse da maioria da bancada. Não seguirá mais a orientação do governo.

A crise foi aberta. Entrou em campo o ex-presidente Lula para tentar pacificar as relações do Palácio do Planalto com os partidos governistas.

MENSALÃO DOS TUCANOS

O que mais o PT queria neste inicio de ano eleitoral aconteceu: vai começar andar o processo do mensalão do PSDB de Minas Gerais. O procurador–geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação do ex –governador mineiro, o hoje deputado federal Eduardo Azeredo, a 22 anos de prisão por desvio de recursos  de empresas do governo para a campanha da reeleição, em 1998, quando perdeu o pleito para Itamar Franco.

Azeredo é também acusado por lavagem de dinheiro, em um esquema montado pelo publicitário Marco Valério, o mesmo que já foi condenado a 42 anos de cadeia no processo do mensalão do PT.

O pedido de condenação de Azeredo já está no Supremo Tribunal Federal. O relator do  processo é o ministro Luis Roberto Barroso e para revisor   foi escolhido o decano do Supremo, ministro Celso de Mello. Segundo o procurador geral Rodrigo Janot, foram desviados na época (1988)  R$ 3.5 milhões, aproximadamente R$ 9.3 milhões nos dias de hoje, dos caixas das empresas CEMIG e COPASA, além do banco oficial BENGE, hoje extinto.

O processo corre também contra o senador Clésio de Andrade, do PMDB, companheiro de chapa de Azeredo, em 1998. A extrema lentidão do processo  salvou a pele de outro denunciado, nesse caso por peculato e formação de quadrilha, o então petebista Walfrido dos Mares Guia, vice –governador de Minas na gestão do tucano Azeredo e, mais tarde, duas vezes ministro no Governo Lula. Ele se safou por ter completado 70 anos.

O ministro – relator Roberto Barroso deu à Azeredo o prazo até o próximo dia 27 para apresentação da sua defesa.

SUCESSÃO EM BRASÍLIA

Três dos mais influentes caciques políticos da cidade de Brasília-  ex –governadores  Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e o ex –senador  cassado Luiz Estevão –decidiram se juntar para apresentação de candidato único para disputar o  Governo do Distrito Federal, hoje nas mãos do PT.

Eles mesmos estão impedidos de serem esse candidato por estarem enquadra dos na Lei da Ficha Limpa. Desse acordo para candidato único- o nome está sendo procurado- participa também o governador de Goiás Marcone Pirillo, que exerce grande influência nos municípios goianos  do entorno do Distrito Federal  e neles reside um grande contingente de eleitores que votam em Brasília. E as articulações são no sentido também de se criar um palanque para o candidato presidencial Aécio Neves.

O atual governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, candidato à reeleição, está com uma péssima avaliação popular, tendo, inclusive,   sido apontado, em recente pesquisa, como o pior entre os 27 governadores de Estado. Vários partidos que o apoiaram em 2010 estão abandonando a sua reeleição.

Tem –se como certo o lançamento de um terceiro candidato, que seria o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB, com apoio da ex –senadora Marina Silva Ela foi a candidata à Presidência mais votada, em Brasília, nas eleições de 2010. Por fora corre o nome do deputado federal Reguffe, do PDT, que contaria com o apoio do ex –prefeito e hoje senador Cristovam Buarque. Ele é avaliado como um dos melhores entre os 513 deputados federais.

Cláudio Coletti

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