Projeto usa esporte para tratar deficiência intelectual

Marcus Castro, Edição

O Projeto “Tô No Jogo” teve início este ano. Hoje, atende 25 alunos e utiliza a prática esportiva do tênis de quadra como atividade complementar ao tratamento de portadores de deficiência intelectual.

Vasco Gonçalves, presidente do BRB, destaca que projetos como esse são de grande importância para a sociedade: “De acordo com dados do IBGE, de 2015, cerca de 6% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, seja ela auditiva, física, visual ou intelectual. Portanto, projetos que visem à inserção dessas pessoas na sociedade são de grande valia. E o BRB, como banco da cidade, entende a necessidade de contribuir com o andamento e com o crescimento de iniciativas como essa”, destacou.

A brasiliense Cláudia Chabalgoity, uma das melhores tenistas profissionais do Brasil, campeã brasileira, sul-americana, pan-americana e quinta melhor do mundo juvenil, está à frente do projeto. Cláudia tem outros títulos importantes e coordena, em Brasília, as atividades realizadas pela equipe multidisciplinar do Tô No Jogo. O Projeto conta com professores de tênis e de beach tênis, e ainda profissionais de práticas integrativas, psicólogos, pesquisadores e outros especialistas.

O trabalho desta equipe é auxiliar o aluno a identificar as próprias necessidades, de modo a promover o autoconhecimento e abrir caminhos para o alcance de um estado de harmonia, equilíbrio emocional e, consequentemente, a melhora do desempenho, dentro e fora das quadras.

A atleta Cláudia Chabalgoity explica que o Projeto estabelece o tênis de quadra como ferramenta de autoconhecimento por meio do esporte verdadeiramente integrativo para esses alunos. Para ela, o corpo sinaliza posturas emocionais que podem ser identificadas e trabalhadas de modo integral, corporalmente, mentalmente e emocionalmente. “Assim, o projeto propõe um olhar individualizado para o aluno, a partir de um refinado trabalho de observação durante as práticas desportivas do tênis e do beach tênis”, explica.

Cláudia conta, ainda, que o Projeto tem conquistado bons avanços junto aos alunos. “Cada vez que uma dessas pessoas consegue atingir uma meta, como: se expressar oralmente, reagir às jogadas e interagir com outras pessoas, constatamos que estamos no caminho certo”, destacou.

Aulas – As aulas do projeto acontecem sempre às segundas e quartas, na Associação dos Servidores do Senado Federal (ASSEFE). São indicadas para crianças, jovens e adultos diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down e outras deficiências intelectuais. Os aspectos físicos e emocionais de cada aluno são acompanhados pelos profissionais, que também orientam as famílias dos participantes.

Como participar – Podem participar gratuitamente do Projeto alunos de famílias de baixa renda e indicados pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), do Guará, assim como outras entidades. A expectativa é de que novas unidades da APAE também se engajem no Projeto.

Outros interessados em participar do projeto podem se inscrever a qualquer tempo, uma vez que não há um período específico do ano para matrícula.

Mais informações podem ser consultadas no site www.projetotonojogo.com.br.

Serviço – Projeto Tô No Jogo
Dias: segundas e quartas-feiras
Horário: a partir das 14h
Local: Associação dos Servidores do Senado Federal (ASSEFE) – Setor de
Clubes Sul, Trecho 1, Conjunto 1, Lote 7.