Violência em alta
Rollemberg antecipa fim e joga toalha na Segurança
Publicado
emCarolina Paiva
A violência em Brasília não para. Os índices de criminalidade crescem a números nunca vistos. A situação tende a se agravar ainda mais nos próximos dias, com uma pré-programada greve dos policiais civis.
A culpa é do governador Rodrigo Rollemberg, atacou na Câmara Legislativa, nesta terça-feira, 15, o deputado Wellington Luiz (PMDB). “Parece que ele (Rollemberg) jogou a toalha já que não tem a mínima chance de reeleição”, disparou o oposicionista.
– A criminalidade está crescendo no Distrito Federal, e a população está assustada nas ruas, acusou o parlamentar.
Segundo Wellington Luiz – que tem formação policial e, consequentemente, é profundo conhecedor do assunto – o problema da segurança pública na capital da República é fruto da má gestão. Ele avisou, em pronunciamento no Plenário, que não será surpresa se a polícia deflagrar uma greve.
– O governo não dá a devida atenção à área da segurança. E os policiais civis, em particular, sofrem na pele todo esse descaso, disse o deputado, cobrando a imediata isonomia salarial com os policiais federais.
Wellington Luiz também abordou o caso do segundo suicídio ocorrido dentro de delegacias públicas em pouco mais de um mês. Para ele, essas ocorrências são fruto da falta de policiais. “Não há pessoal suficiente nas delegacias, porque o efetivo é cada vezx menor”, pontuou.
O deputado Wasny de Roure (PT), fez coro às críticas de Wellington Luiz. “Estamos transtornados e perplexos com a forma que o governo tem utilizado os recursos para a área de segurança, que são repassados pelo governo federal”. Segundo o petista, esse dinheiro está sendo transferido para outras áreas, prejudicando, assim, a segurança pública.
Enquanto os deputados se manifestavam na Câmara, do outro lado da praça, defronte ao Palácio do Buriti, o Sindicato dos Policiais Civis promovia uma manifestação, com indicativo de greve. A categoria cobra a recomposição salarial, mas Rollemberg, alegando falta de recursos, faz ouvidos de surdo às reclamações.