Campanha nas ruas
Meirelles costura apoio de Temer para disputar Planalto
Publicado
emCláudio Coletti
Enquanto o deputado Jair Bolsonaro procura um partido para chamar de seu, com densidade suficiente para levá-lo ao menos ao segundo turno nas eleições presidenciais do próximo ano, outros postulantes da cadeira hoje ocupada por Michel Temer correm em busca de votos.
O certo é que a sucessão presidencial já faz parte da agenda diária dos partidos, principalmente das duas forças que se defrontaram nas ultimas eleições – o PT e o PSDB. Mas há sinais de que o PSD também vai pretender participar dessa corrida, tendo o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, como seu candidato.
O ex-presidente Lula começou na quinta-feira (17), pela Bahia, sua peregrinação pelos estados do Nordeste, que se estenderá até 5 de setembro. É o pontapé inicial da campanha do PT com o objetivo de tentar fazer Lula voltar ao comando do governo.
Essa viagem inaugural, batizada de “Lula pelo Brasil”, atingirá as cidades mais importantes da Bahia, Sergipe, alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceara, Piauí e Maranhão. Excursões como essa serão realizadas, até o fim do ano, por outras regiões do Brasil.
Os lideres petistas insistem em dizer que Lula superará todas as armadilhas da Operação Lava-Jato, e que o PT não tem Plano B para uma eventual vitória do juiz Sérgio Moro. Não é bem isso o que está acontecendo.
Dois nomes são preparados para saída de Lula da corrida presidencial: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, e o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner. Ambos têm viajado pelo país para se fazerem mais conhecidos nacionalmente.
Tucanos em ação – O PSDB também já começou sua estratégia para tentar conquistar o Palácio do Planalto em 2018. Está sendo elaborado o calendário para a realização das convenções municipais (setembro), estaduais (outubro) e nacional em dezembro.
Esse processo é coordenado pelo paulista Silvio Torres, secretário-geral do Diretório Nacional do PSDB. A ideia é debater nas convenções municipais e estaduais sugestões para reformulação do programa de ações da legenda que será discutido e votado na convenção nacional de dezembro. Nessa oportunidade serão eleitos os novos dirigentes do tucanato é também definido o nome do pré-candidato do PSDB para corrida presidencial que se avizinha.
Na hipótese de ter mais de um postulante presidencial haverá prévia nacional, em fevereiro de 2018. É tido hoje como certo que o candidato será o governador Geraldo Alckmin. Ele também já colocou as mangas de fora e costura sua candidatura com lideranças de diversos partidos.
Na semana passada esteve em Brasília, mantendo uma serie de encontros com políticos não tucanos. No fim de semana, esteve em Florianópolis e em Porto Alegre, mantendo contatos diversos.
Nome do PSD – Presidido pelo ministro Gilberto Kassab, o PSD deu sinais de que poderá participar da próxima disputa presidencial. Seu candidato seria o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, filiado à legenda.
Dirigentes do PSD estão tentando adiar para o fim do ano a apresentação do programa de proposta eleitoral, que pela grade do Tribunal Superior Eleitoral está previsto para acontecer em setembro.
Por esse meio seria anunciado o nome de Henrique Meirelles que poderá também ser apoiado pelo setor do PMDB que é liderado pelo presidente Michel Temer, Meirelles só ficará fora da disputa no caso do programa que ele idealizou para recuperar a economia nacional for para o espaço.
Sua candidatura está também sendo incentivada por importantes setores do empresariado nacional.