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Agricultura familiar rende e lucra mais com assessoria da Emater
Publicado
emLarissa Sarmento
Em uma chácara a 17 quilômetros do centro de Brasília, Carla Burin, de 40 anos, e sua família trabalham com a mão na massa. Ela atuou por muitos anos como servidora pública, mas resolveu se dedicar à produção familiar.
A agricultora e os pais dela — João, de 77 anos, e Bernardina, de 68 anos — comandam a Burin Alimentos Artesanais, que existe há três anos na área rural de Sobradinho.
Porém, desde muito antes, há mais de 20 anos, eles recebem o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) para o plantio e o cultivo de alimentos.
Depois de abrir a agroindústria por aconselhamento da empresa pública, Carla resolveu frequentar as aulas de processamento de alimentos oferecidos gratuitamente para agricultores familiares no Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural da Emater-DF.
Ela fez cursos de panificação e de geleias, mas se encontrou mesmo no de produtos diferenciados sem glúten e sem lactose. Com esse conhecimento, ela passou a produzir o pão de batata-doce, uma substituição ao tradicional pão de queijo.
A versão de Carla é vegana — ou seja, sem uso de produtos de origem animal — e sai do forno três vezes por semana.
“É uma tendência do mercado, não só para veganos. Muita gente procura esse tipo de alimento, como atletas e intolerantes à lactose”, diz a agricultora.
A renda da família dobrou com a venda do novo produto, que hoje é o principal da empresa. Eles atendem restaurantes, mercados e feiras.