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50ª edição

Festival de Brasília tem recorde de inscritos com 170 filmes

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Amilton Pinheiro

Será uma edição histórica, é o que garante o diretor artístico do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Eduardo Valente, no cargo desde 2015. O festival, que acontecerá entre 15 a 24 de setembro, completa meio século de existência, sendo o mais tradicional e o mais politizado do País.

O número recorde de inscrições (778 filmes, entre longas e curtas) já é uma demonstração do seu prestígio. “Será uma edição orquestrada novamente pelos acontecimentos políticos recentes no Brasil, mas não somente isso, pois os filmes da mostra competitiva instigam outros assuntos e outros olhares que também dizem muito sobre esse Brasil em transe”, revelou Eduardo Valente.

Foram 170 filmes inscritos para mostra competitiva, o mais concorrido de todas as edições. Entre os longas selecionados, o primeiro filme solo de Daniela Thomas, Vazante, parceira de Walter Salles; um dos cineastas da nova geração Ardilei Queirós com Era Uma Vez Brasília (seu filme anterior Branco Sai Preto Fica ganhou o prêmio principal em 2014) e Julia Murat com Pendular. “Por coincidência, os nove filmes selecionados vêm de estados diferentes”, conta Valente.

Além da mostra competitiva, o festival vai apresentar uma seleção dedicada aos filmes vencedores de outras edições, organizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e uma mostra paralela que irá trazer o novo longa de Cristiano Burlan, Antes do Fim, protagonizado por Helena Ignez e Jean-Claude Bernardet.

Brasília abre com Não Devore Meu Coração, de Felipe Barbosa, baseado em contos de Joca Reiners Terron, filme que representou o Brasil em dois importantes festivais internacionais: Sundance e Berlim. Em uma entrevista, em janeiro, o diretor Barbosa falou sobre a história: “Um (dos contos) trata do romance proibido entre um casal de jovens e o outro é sobre uma gangue de motoqueiros. Achei uma maneira de fundir as duas histórias numa só. Cauã (Reymond) vive esse romance e integra a gangue que se envolve na disputa por território na fronteira.”

O filme de encerramento será do veterano Edgard Navarro, Abaixo a Gravidade, que baseou o roteiro a partir do seu último filme, O Homem Que Não Dormia de 2011.

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