Países em cabo de guerra
Relações entre EUA e Rússia estão de mal a pior
Publicado
emPedro Nascimento, Edição
As relações entre Moscou e Washington estão “entrando em um buraco sem fim” e ambas as partes devem estar conscientes disso, declarou nesta segunda-feira (28) a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zajarova.
“É preciso fazer que prevaleça o senso comum, porque temos que entender que entramos em um buraco sem saída”, disse Zajarova ao canal de televisão russo Dozhd. Ao mesmo tempo, ela apontou que “não cabe esperar uma rebaixamento de tom na retórica americana com relação à Rússia” num futuro próximo.
Quanto a uma possível resposta às sanções aprovadas recentemente contra Moscou pelo Congresso dos Estados Unidos, Maria Zajarova apontou que a reação russa “está sendo estudada. Não posso dizer datas concretas ou formas concretas, mas tudo isto está sendo avaliado (…). Nos vemos obrigados a responder”, afirmou.
Ela explicou que se refere a uma resposta de Moscou às sanções aprovadas pelo Congresso e não à limitação das atividades da embaixada dos EUA, com a proibição para a emissão de vistos de não imigração em várias cidades russas e o prolongamento dos prazos para a tramitação de vistos em Moscou.
A lei, adotada no final de julho pelos Estados Unidos, fortalece as sanções contra a Rússia pela sua suposta interferência nas eleições de 2016 nos EUA, as suas ações na Ucrânia e na Síria e as suas violações dos direitos humanos, e limita a capacidade do presidente americano, Donald Trump de suspendê-las sem a autorização do Congresso.
Em represália, o Ministério de Exteriores russo determinou ao governo americano que a partir de 1º de setembro reduza 755 pessoas que trabalham em sua embaixada em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades, até atingir o mesmo número do pessoal diplomático que a Rússia tem nos EUA.