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Biocombustíveis

Agronegócio ameaça usar força política para aprovar projeto

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Camila Turtelli

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que a criação da Política Nacional de Biocombustível, o RenovaBio, está “enroscada no convencimento político”.

“O Ministério da Fazenda e alguns setores do governo federal acham que falar em renuncia neste momento não seria algo politicamente correto, o que é um equívoco”, disse ele, durante o 6º Fórum Nacional de Agronegócios do Lide, realizado neste sábado, em Campinas (SP).

Desenhado há mais de um ano pelo governo federal, o RenovaBio está parado na Casa Civil. O programa é tratado com um marco pelo setor de biocombustíveis para o aumento da demanda e da oferta, com o consequente retorno dos investimentos.

“Vou me reunir com o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) na terça-feira e um dos temas será esse, para que possa ser convencido mais uma vez tecnicamente”, disse. “Claro que se isso não ocorrer, vamos partir diretamente para o convencimento político”, completou.

Segundo ele, os passos seriam Casa Civil e Presidência da República. “Quero convencer que é uma lógica de geração de emprego e que essa conta que eles fazem da renuncia não cabe, eles não estão renunciando nada, estão é incentivando um setor”, disse Leitão.

Sobre o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), ele disse que a FPA vai aguardar agora qual será a reação do Supremo Tribunal Federal (STF) aos recursos apresentados pelas associações do setor. “Mas também não abrimos mão da medida provisória. Alguns setores têm falado para esquecer e trabalhar com a anistia geral, mas estamos fazendo isso também”, afirmou.

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