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Polícia pede prazo para inquérito de chacina que deixou 12 mortos

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Um mês após o registro da maior chacina de sua história, o Setor de Homicídio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil de Campinas solicita à Justiça a prorrogação de prazo para a conclusão do inquérito que apura a morte de 12 pessoas entre a noite e madrugada de 12 e 13 de janeiro, respectivamente domingo e segunda-feira, em bairros da região do Ouro Verde.

Cinco policiais militares suspeitos de envolvimento nos crimes foram presos temporariamente no Presidio Romão Gomes, em São Paulo, e também podem ter as prisões prorrogadas.

Para a conclusão do inquérito, a DIG depende dos resultados de laudos técnicos, perícias e exames de balística que ainda não foram finalizados. A delegacia também aguarda respostas quanto à morte do adolescente Joab Gama das Neves, 17 anos, ocorrida dois dias após os 12 mortos. Ele teria sido ferido no mesmo período da chacina, mas o registro do boletim de ocorrência de responsabilidade da PM foi feito 48 horas depois.

Até esta semana, pelo menos 68 pessoas haviam sido ouvidas, dentre elas parentes das vitimas, policiais militares, guardas municipais e comerciantes vizinhos aos locais dos mortes. A Polícia Civil apura se a chacina foi em represália à morte do PM Eudes Luiz dos Santos, na tarde de 12 de janeiro. Gullit Fernandes de Oliveira, 22 anos foi preso e apresentado como o autor do disparo que atingiu Santos durante uma tentativa de assalto a um posto de gasolina.

A chacina começou às 22h30 de domingo com uma morte no Jardim Nova América. Às 23h20, quatro homens foram executados no Recanto do Sol. Dez minutos depois, um homem foi morto no Parque Universitário. No bairro Vida Nova, por volta das 23h40, cinco rapazes foram mortos com vários tiros. Às 1h48, um rapaz foi morto no Jardim Vista Alegre.

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