Países estão ansiosos com o fim dos motores de combustão interna

Marcus Castro, Edição

Cada vez mais, cidades e países vão apertando o cerco sobre veículos com motores a combustão interna. França e Reino Unido já anunciaram que pretendem banir carros equipados com motor a diesel e gasolina a partir de 2040.

Isso significa uma espécie de crônica de uma morte anunciada. A diferença para a obra de mesmo nome do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez é que no livro todos sabiam que o personagem Santiago Nasar seria morto, mas ninguém sabia quando.

No caso dos carros com motor a explosão, os governos federais, estaduais e municipais estão estipulando datas. Na França e no Reino Unido, por exemplo, são mais 23 anos de sobrevida. Mas eles não estão sozinhos.

A Holanda recentemente anunciou que todos os veículos novos vendidos a partir de 2030 deverão ter “emissão zero”. A Noruega pretende fazer o mesmo, só que antes desse prazo. Para tanto, o plano que está sendo traçado é o de conceder generosos incentivos fiscais para a aquisição de automóveis elétricos. A medida tende a matar carros a diesel e a gasolina até 2025.

A China também tem planos de proibir modelos a gasolina e diesel. O país ainda não fixou data, mas ela deverá ser em torno de 2030. É o mesmo caso da Índia, que planeja ter somente carros elétricos à venda a partir de 2030.

Mudando de países para cidades, há um crescente cerco contra esse tipo de motorização em locais como Paris, Madri, Atenas e Cidade do México. Nesses locais, a proibição recai sobre os modelos a diesel, e deverá valer a partir de 2025.