Melhora
Saque do FGTS diminuiu o endividamento das famílias
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emA liberação das contas inativas do FGTS ocorreram no segundo trimestre, mas continuaram impulsionando o consumo das famílias, que cresceu 1,2% no terceiro trimestre ante o segundo, conforme os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou que a medida do governo Michel Temer teve um efeito cumulativo. “O FGTS também serviu muito para fazer diminuição do endividamento das famílias. Isso tem efeito para frente”, disse Rebeca.
Além disso, conforme a pesquisadora, contribuíram para a alta no consumo a inflação menor, os juros mais baixos, mais crédito e melhora do mercado de trabalho.
Resultado – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, informou nesta sexta-feira, 1º, o IBGE. O resultado ficou abaixo da estimativa do mercado, que previa alta de 0,2% no período.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, o PIB avançou 1,4% no terceiro trimestre deste ano. O resultado ficou dentro do intervalo das estimavas dos analistas, que previam uma expansão de 0,70% a 1,85%, mas abaixo da mediana positiva de 1,25% que era esperada pelo mercado.
“O resultado do terceiro trimestre confirma uma recuperação lenta da economia. As projeções para o trimestre foram muito atrapalhadas pela alta das importações no período, que não eram esperadas nessa proporção”, explicou ao Estadão o economista chefe da Nova Futura Corretora, Pedro Paulo Silveira.
De acordo com o IBGE, as importações contabilizadas no PIB tiveram alta de 6,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2016, as importações subiram 5,7%.
“Uma parte do crescimento da economia no trimestre foi (anulado) de forma inequívoca pela alta das importações. Porque o resultado do consumo das famílias e do investimento veio positivo”, acrescentou Silveira. Para o quarto trimestre, o economista acredita que as importações continuem em alta.