Agnelo retalia adversários e dá calote em empresas terceirizadas
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emO governador Agnelo Queiroz (PT) está perseguindo empresas prestadoras de serviços ao Governo do Distrito Federal que se aliaram a partidos de oposição. Faturas não estão sendo pagas, profissionais ficam sem receber salários e as empresas contratadas acumulam um calote que corresponde a milhões de reais.
Ao menos duas grandes empresas que atuam na área de conservaçção, limpeza e segurança, entre outros serviços terceirizados, estão enfrentando dificuldades. É o caso da Juiz de Fora Serviços Gerais Ltda e a OMNI Empresa de Vigilância e Segurança.
Merendeiras e equipes de limpeza de hospitais que trabalham para a Juiz de Fora e a OMNI estão com salários atrasados. Enquanto isso, outros empregados, como os de empresas ligadas a aliados de Agnelo, a exemplo dos deputados Cristiano Araújo (PTB) e Robério Negreiros (PMDB), e o candidato a distrital Rafael Prudente, também peemedebista, recebem suas faturas em dia.
Dois sindicatos patronais – o das empresas de segurança privada e o de limpeza e conservação – afirmam que o atraso nos salários e no pagamento de tíquete-alimentação e vale-transporte dos trabalhadores terceirizados se deve ao não cumprimento dos compromissos pelo Governo do Distrito Federal.
Dirigentes do setor asseguram que o governador Agnelo Queiroz mandou sustar pagamentros que somam vários milhões de reais.
De acordo com a diretoria das empresas que mantém contratos de terceirização desses serviços com o GDF, o Palácio do Buriti não pagou ainda a fatura do mês de junho. Além disso, não fez nenhuma repactuação de dívidas. O problema ocorre desde janeiro, quando foram assinadas as convenções coletivas das categorias de serviços terceirizados.
As diretorias das empresas esclarecem, em nota divulgada nesta terça-feira 15, que “chegaram ao limite de suas condições de bancar o pagamento dos trabalhadores, o que vem sendo feito nos últimos meses, porque a situação já acumula prejuízos insustentáveis, ou seja, acima do que qualquer uma poderia suportar.
Karla Maranhão