Indenização
Familiares de vítimas do acidente da TAM vão receber R$ 30 milhões
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emA empresa francesa Airbus, fabricante do avião da TAM que explodiu ao sair da pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em julho de 2007, vai pagar R$ 30 milhões de indenização a um grupo 93 famílias, de 33 vítimas do voo JJ3054. O acordo inédito foi homologado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Segundo Gabriela Ristow, advogada dos familiares das vítimas do acidente com o avião da TAM, são duas ações indenizatórias, por danos materiais e morais, que correm na 14º Vara Cível do Rio de Janeiro. ” No dia 17 de novembro foi proferida a decisão e a partir desta data a empresa Airbus tem 30 dias para pagar a indenização”, explicou Gabriela.
No dia do acidente, o avião modelo Airbus A320 partiu da cidade de Porto Alegre (RS), com destino São Paulo e atingiu o prédio da TAM, que ficava do outro lado do Aeroporto de Congonhas, na região sul da capital. Do total de mortos, 187 estavam na aeronave e 12 estavam no prédio da empresa.
O acidente entrou para a história como a maior tragédia aérea do País. Em números de mortos foi o maior acidente daquele ano no mundo, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e o Escritório de Registros de Acidentes Aéreos (ACRO).
Roberto Corrêa Gomes, irmão de uma vítima e um dos coordenadores da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), disse que uma das vítimas era um cidadão americano e sua família ingressou contra a Airbus nos EUA, o que abriu brecha para outros familiares procurarem o mesmo caminho.
” A família da primeira vítima identificada na tragédia do voo JJ3054, que era um cidadão americano, entrou na Justiça lá nos Estados Unidos contra a Airbus, o que levou alguns familiares a realizarem a mesma ação”, explicou Gomes.
O coordenador da Afavitam disse ainda que não tem como precificar a vida dos mortos que estavam na aeronave. “Muitos acham que as famílias que estão recebendo indenização estão milionárias. Não é verdade, não alterou o padrão de vida de ninguém. Tirando os honorários advocatícios e os impostos, cada família deve receber pouco mais de R$200 mil”, explica Gomes.