Com calote do Buriti, terceirizados das escolas cruzam braços
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emBrasília convive com mais uma greve. Quem está parado são os trabalhadores terceirizados que atuam na limpeza das escolas e na merenda escolar. A categoria cruzou os braços na última quarta-feira (9). De acordo com o sindicato da categoria, metade dos 2,8 mil trabalhadores terceirizados nas escolas, aderiu à paralisação.
As regiões mais prejudicadas são as cidades de São Sebastião, Planaltina, Sobradinho, Paranoá, Itapoã, Gama e Santa Maria.
Os trabalhadores terceirizados cobram o pagamento do tíquete-alimentação, em atraso desde o mês passado.”O tíquete é muito importante para quem ganha R$ 873 por mês. É com ele que os trabalhadores fazem a feira, alimentam os filhos”, disse Antônio de Pádua Lemos, diretor de Comunicação do sindicato da categoria.
Segundo Lemos, o governo do DF se comprometeu a repassar o dinheiro às empresas terceirizadas e a pedir prioridade na liberação. A expectativa é que os trabalhadores recebam o tíquete na quinta-feira (17). Até lá, seguem em greve. Segundo Lemos não é a primeira vez que isso acontece.
Em nota, a Secretaria de Educação do DF (SEDF) informou que algumas unidades educacionais optaram pela redução de horário ou pela suspensão do dia letivo durante a greve e “terão que realizar a reposição, até que se cumpram os 200 dias exigidos por lei e assim, não se tenha nenhum prejuízo pedagógico para os estudantes”.
A maioria, no entanto, segue com a rotina normal. A secretaria disse ainda que serão aplicadas multas, como previsto no contrato com as empresas que prestam serviços terceirizados nas escolas. “A SEDF informa que não possui débitos com nenhuma empresa que presta serviços terceirizados”.