Lula coloca Padilha no colo, dá a mão a Haddad e ataca falta de água
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emNo primeiro grande ato de campanha ao lado de Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a crise de abastecimento de água pela qual passa o Estado e aproveitou para sair em defesa do prefeito Fernando Haddad (PT). Setores da campanha petista acreditam que a baixa popularidade do prefeito prejudica a candidatura de Padilha. Em seu discurso, Lula insistiu na ideia de que o Haddad “precisa falar bem das coisas que está fazendo”.
“Nunca tivemos um companheiro com a competência de Fernando Haddad”, disse Lula, recebendo poucos aplausos da multidão que acompanhava o ato nesta sexta-feira, na praça da Sé. “Esses rapaz acabou com a aprovação continuada. Se você tivesse feito só isso, já valeria a pena você ter sido eleito prefeito de São Paulo”, continuou o ex-presidente, que ainda listou a criação do Bilhete Único Mensal e das faixas exclusivas de ônibus na capital.
Ao pedir votos para Padilha, Lula criticou a atual crise da água, que atinge diretamente o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição. “Os tucanos estão no poder há mais de 20 anos. Não sei quantos banhos por dia toma o governador, mas na periferia o povo não tem água pra beber, nem pra lavar louça. Se ele não sabe disso, é bom alguém contar”, disse Lula. Em seguida, o ex-presidente pediu um copo de água e ironizou: “Se a Cantareira pode ficar sem água, a minha garganta não pode”.
Antes, Padilha já havia dito, mais uma vez, que fará “em quatro anos as obras que o PSDB não fez em 20 anos”. O candidato do PT chegou por volta das 11h30 desta sexta-feira à praça do Patriarca, no centro da capital, para sua primeira caminhada de campanha, que contou com a presença de Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição no Senado, e de vários prefeitos petistas da região metropolitana, como Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo.