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Balaio de feira

Se for eleito, Alckmin promete privatizar tudo, até Petrobras

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Autor/Imagem:
Renan Truffi

Pré-candidato à Presidência pelo PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que irá privatizar “o que for possível” das estatais brasileiras, caso seja eleito em 2018. Nas contas do tucano, a União possui hoje 147 estatais e é preciso avaliar “a necessidade de cada uma”.

“Privatizarei o que for possível”, respondeu ao ser questionado sobre quais das estatais estariam na mira de sua equipe econômica de campanha. “O principal é trazer investimentos para o País”, complementou.

O tema das privatizações dominou a entrevista coletiva de Alckmin, na sede do PSDB, em Brasília, depois do tucano dizer a empresários da construção civil, mais cedo, que é possível privatizar toda a Petrobras no futuro. O tucano foi questionado também se ele recuou no discurso de 2006, quando negou que iria privatizar as empresas brasileiras e perdeu a disputa presidencial para o ex-presidente Lula.

“O que houve na campanha de 2006 é que Lula mentia. Lula dizia que eu iria privatizar o Banco do Brasil, o que eu não pretendo até hoje fazer”, disse ao evitar falar na contradição em relação ao discurso daquela eleição. Em seguida, Alckmin afirmou que irá, sim, privatizar a estatal de petróleo.

“Há inúmeras empresas que podem ser privatizadas. A Petrobras cresceu demais. Poderíamos privatizar a área de distribuição da empresa. Temos uma equipe avaliando isso”, respondeu antes de enfatizar qual deve ser o perfil de sua campanha. “Eu tenho uma agenda reformista.”

Alckmin também respondeu sobre declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em favor de novas candidaturas, como a do apresentador da TV Globo Luciano Huck. “Foi o FHC que insistiu para eu ser candidato. Eu sou o primeiro a elogiar o Luciano Huck. Ele é uma jovem liderança com espírito público”, disse.

O tucano também minimizou perguntas sobre os desempenhos de concorrentes dele nas pesquisas e intenção de voto. “O que temos visto nas últimas eleições é que as mudanças acontecem no final. Só nós estamos interessados nisso, a política é um tema árido. Maioria da população ainda não tem focado no tema”, argumentou.

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