Subiu, desceu, voltou e ficou
Maranhão dá bicampeonato à Tatuapé no carnaval paulista
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emA escola de samba Acadêmicos do Tatuapé foi a grande campeã do carnaval de São Paulo pelo segundo ano seguido. A escola apresentou na avenida o enredo Maranhão, os Tambores vão Ecoar na Terra da Encantaria, que contou a história do estado a partir das particularidades de seu povo, da riqueza cultural e das belezas naturais.
A capital São Luís mereceu tratamento especial, com destaque para a arquitetura singular, que une o casario colonial adornado de azulejos às habitações populares típicas.
A escola surgiu em 1952, com o nome Unidos da Vila Izabel. Chegou ao terceiro lugar do carnaval em 1969 e 1970, mas em 1986 encerrou as atividades por cinco anos.
Em 1991, a escola iniciou um processo de resgate que incluiu a sucessiva promoção pelos diversos grupos do carnaval até retornar ao Grupo Especial em 2004. Caiu em 2006 e retornou à elite em 2013 para permanecer de vez.
Em 2017, a agremiação havia vencido o carnaval paulistano com o enredo Mãe África Conta a Sua História: do Berço Sagrado da Humanidade à Abençoada Terra do Ouro.
A Tatuapé mostrou que não estava disposta a perder a chance de conquistar o bicampeonato. Ela entrou na Avenida como uma das favoritas. E não decepcionou. O samba-enredo foi criado pelo carnavalesco Wagner Santos e interpretado por Celsinho Mody.
A rainha da bateria, Andreia Capitulina, mostrou competência para comandar a batucada e até mesmo “apagões”, para que a escola cantasse o samba-enredo. Elementos do estado nordestino enriqueceram a apresentação. O tempo de apresentação foi de 1h03.
A campeã do Carnaval da capital paulista deste ano e as outras seis melhores escolas de samba –, Mocidade Alegre, Mancha Verde, Tom Maior, Dragões e Império da Casa Verde, junto com a vice do Grupo de Acesso – voltarão ao Anhembi, na Zona Norte da cidade, na sexta-feira (16) e madrugada deste sábado (17), para o Desfile das Campeãs.