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Sono prejudicado

Oito incentivos para quem precisa diminuir o vício no celular

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Autor/Imagem:
Ana Beatriz Rosa

Se você está preocupado com o uso crescente dos smartphones, listamos pequenas mudanças na rotina que podem te ajudar no controle do uso do aparelho.
Anda preocupado com a quantidade de tempo do seu dia dedicada ao uso do seu celular?

Você não está sozinho. Um estudo publicado em 2017 descobriu que, em média, os americanos gastam cinco horas por dia em seu celular. No Brasil, a média é de mais de três horas diárias. Em todo o mundo, são mais de 7 bilhões de aparelhos em pleno funcionamento e cada pessoa consulta o aparelho, em média, 150 vezes aos dia.

A ideia de dependência em relação aos smartphones já vem sido discutida há tempos, mas agora há um crescente número de evidências sobre as consequências nocivas desse hábito, principalmente entre os mais jovens.

Uma pesquisa do King’s College, em Londres, reuniu crianças de diversos países entre 6 e 19 anos para estudar o quanto o uso dos celulares, principalmente antes de dormir, afetava o sono dos pequenos e, consequentemente, os índices de doenças como obesidade e depressão infantil.

Enquanto isso, o termo nomofobia (uma abreviação, do inglês, para no-mobile-phone phobia), passou a ser usado para descrever o sentimento de parte da população que simplesmente morre de medo de ficar sem o celular. Ele também é usado para medir o quanto estamos cada vez mais dependentes dos aparelhos.

Alguns países até já tentaram abordar o vício nos smartphones por via judicial. No ano passado, a França aprovou uma lei que protege os trabalhadores de se sentirem obrigados a responder as chamadas e mensagens após o horário de trabalho, assegurando o “direito de se desconectar”.

Por outro lado, não são apenas pais ou pesquisadores que se preocupam com essa dependência. Dois grupos de investidores de grande porte da Apple publicaram uma carta aberta pedindo que a empresa agisse para combater o crescente vício das crianças nos aparelhos.

“Apple pode desempenhar um papel decisivo ao mostrar ao setor que dar atenção especial à saúde e ao desenvolvimento da próxima geração é tão bom para os negócios quanto para a boa prática”, escreveu a Jana Partners LLC e o Fundo de Pensões dos Professores da Califórnia. Juntas, as empresas investem mais de dois bilhões de dólares na gigante de tecnologia.

Pois bem. Se você está preocupado com o uso crescente dos smartphones, listamos pequenas mudanças na rotina que podem te ajudar no controle do uso do aparelho.

Esteja presente – Cerca de 89% dos americanos admitiram usar o seu celular enquanto estavam jantando com amigos e familiares, de acordo com o estudo da Pew Reserarch Center. Tente diminui esse hábito. Que tal guardar o aparelho durante o encontro com os amigos?

Estabeleça limites para acessar suas redes sociais – Com a popularização das redes sociais, outro termo ficou bastante conhecido entre a geração online: Fomo (fear of missing out, ou medo de ficar por fora, em tradução literal). Muitas vezes, o ato de checar o feed é inconsciente e adotamos uma postura passiva apenas esperando para absorver as novidades compartilhadas. Tente ler notícias no lugar de simplesmente passear pelo Facebook ou fale diretamente com seus amigos e pergunte sobre suas vidas, em vez de aguardar as atualizações do Instagram ou Snapchat.

Veja se você consegue limitar o uso de mídias sociais uma vez por dia (ou menos). Será um desafio, mas você pode se surpreender com a sensação de reduzir o fluxo constante de informações e estímulos. Experimente realmente fazer uma curadoria digital. Se precisar, já existe uma série de aplicativos que “controlam” o tempo que você usa o seu celular.

Deixe o seu celular desligado – ou em modo avião – Assim como é saudável ter uma rotina de sono ou até mesmo uma rotina pela manhã, experimente deixar seu celular longe de você por um período que vai do momento em que você se prepara para dormir, até um pouco depois de acordar. Não são pucos os estudos que já indicaram o efeito da exposição à luz emitida pelos celulares sobre a produção de melatonina e outros hormônios, o que pode dificultar a o nosso sono.Nesse entretempo, experimente ler algum livro, praticar exercícios de meditação ou até mesmo consolidar uma rotina de planejamento e produtividade para o seu dia.

Volte a usar cadernos – O hábito de ter uma pequena caderneta para anotações cotidianas, como informações ou uma lista para o supermercado, vai te ajudar a deixar de manter tudo no bloco de notas do celular.

Seja o exemplo – Se você convive com crianças e quer incentivá-las a diminuir o uso do aparelho, não adianta, você precisa dar o exemplo. Aproveite e teste algumas técnicas, como a leitura de histórias em livros físicos, e não somente em tablets; ofereça alternativas e pergunte a criança se ela prefere dedicar-se a outra atividade, como desenhar; por fim, reforce os momentos longe do celular com demonstrações de afeto e carinho.

Mantenha a tela cinza ou preta – Tristan Harris, ex-engenheiro do Google, se dedica a estudar como a sociedade pode usar a tecnologia de maneira mais ética. De acordo com ele, o colorido da tela funciona como um reforço positivo para o nosso cérebro. Por isso, tente formatar a tela inicial do seu aparelho para tons em escalas de cinza nas configurações.

Desative as notificações – “Você não precisa estar sempre disponível.” Exercite essa ideia como um mantra e desative as notificações dos seu aparelho. Muitas das notificações que recebemos são dos próprios apps que existem em nosso celular. Você pode filtrá-las e apenas deixar que notificações pessoais chamem a sua atenção.

Limpe a sua tela inicial – Muitas vezes acessamos uma aplicativo sem qualquer necessidade, apenas porque ele está disponível ou porque queremos combater o tédio. Que tal organizar a tela do seu celular e deixar apenas o necessário? Outra estratégia também é utilizar mais o serviço de ‘”busca” do aparelho. Com o celular mais limpo dos apps, em vez de abri-los sem necessidade você poderá buscá-los quando for necessário.

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